Camaradas,
Não
sei se conhecem o Casimiro. Aquele personagem do imaginário de
Sérgio Godinho. Que é tudo menos burro, que sabe que ser honesto
não é só ser bem-falante e que tem muito cuidado com as imitações.
Uma pessoa autêntica. Alguém que personifica as qualidades deste
povo honesto e trabalhador. Assim é Portugal. Não preguiçoso e
vigarista como o tentam pintar pela Europa fora e em grande medida
dentro das nossas fronteiras.
Essa
doentia perseguição, levada a cabo durante os últimos 4 anos,
parece agora levar uma reviravolta. Num golpe de asa tão comum entre
os políticos do nosso burgo, a PàF, que só faltou distribuir
estalada pela população, acarinha-nos de forma hipócrita e
promete-nos a terra e o céu, continuando curiosamente a pretender
aplicar a mesma austeridade que nos levou a todos numa viagem ao
inferno. Esperemos que a estação terminal seja já neste Outono.
Nunca é demais dizer que a austeridade mata. E eu, politicamente,
afirmo-me peremptoriamente contra a morte.
É
urgente trazer pessoas à política que digam aquilo em que
acreditam, que se mantenham firmes
nas suas propostas, que pugnem por cumprir o programa pelo qual foram
eleitas. Enfim, que transmitam a dose de honestidade que tem faltado
à Assembleia da República (salvo honrosas excepções).
É
igualmente urgente lutar pela convergência à Esquerda. Perceber que
só assim conseguiremos uma união nacional contra a austeridade, com
peso suficiente para travar o combate que se avizinha dificílimo no
quadro da União Europeia. A renegociação da dívida com os
credores, não será nenhum passeio no parque. Atente-se o exemplo da
Grécia.
O
LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR é um movimento que se abriu à cidadania.
Que cortou com a tradicional exclusividade da escolha das listas dos
círculos eleitorais pelos órgãos centrais partidários e que fez
com que inúmeros cidadãos anónimos, entre os quais me incluo,
possam apresentar a sua candidatura a candidato a deputado. Esperemos
pois que da sociedade emerja a qualidade essencial à escolha, mas
também a transparência, seriedade e integridade tão necessárias
à política nacional.
Sejamos
então um partido de Casimiros e Casimiras. Um movimento de pessoas
autênticas. Aqui, não se aceitam imitações!
Miguel
Dias