segunda-feira, 13 de maio de 2013

Conferência Congresso Democrático das Alternativas

Estive presente na Conferência Vencer a Crise com o Estado Social e com a Democracia no dia 11 de Maio de 2013, uma iniciativa do Congresso Democrático das Alternativas, subi ao púlpito e disse qualquer coisa como isto:

Estas são as nossas armas: o papel e a caneta. Para além de permitirem a execução de óptimas crónicas e artigos com que somos brindados por pessoas como, por exemplo, Daniel Oliveira, estas são as armas que, em última análise, nos permitem escolher quem colocar ao leme do destino deste cantinho à beira-mar abandonado, chamado Portugal.
Quando colocamos uma cruz neste papel, o dobramos em 4 e o depositamos dentro de uma urna, temos de ter a real percepção do que tal acto implica. Mais que um direito, o voto é um dever de todo o cidadão que se identifique como democrata, devendo ser pensado e ponderado.
Nunca deveremos esquecer, que é a soma desses papéis que determina quem será o guardião do Estado Social que democraticamente conquistámos e democraticamente fomos construindo, ano após ano, década após década. Esta conquista e construção é de TODOS, mas a sua destruição também pertencerá a TODOS, e o nosso nome constará na sua lápide...
Está claro aos nossos olhos que este Congresso e o Projecto de Resolução desta Conferência, objecto que encerra em si óptimos princípios, deverá ter tradução na RUA. Tal como preconiza Boaventura Sousa Santos, a Rua deve ser o palco principal da expressão das nossas ambições, da defesa do Estado Social, opinião que evidentemente secundo. Não se podem manter ideais cativos em espaços exíguos, onde o cidadão comum muitas vezes não chega. As ideias não devem esbarrar em paredes ou telhados. Nesta Luta contra o esbulho que nos impõem, precisamos de TODOS!
Incito que semelhantes iniciativas possam se exprimir na Rua, com as necessárias adaptações, ao bom estilo das Assembleias Populares, para bradarmos bem alto que os portugueses não aceitam a extinção do Estado Social!!!
Mas, acima de tudo, deveremos estar cientes da responsabilidade de cada um de nós, individual e colectivamente, no estado a que o Estado chegou... Chegámos a este ponto, porque escolhemos invariavelmente mal. Não interessa saber quem votou ou não nas forças do Arco da Corrupção, que há décadas regem o destino da nação. Interessa antes assegurarmos que tal não volte a acontecer!!!
A Democracia é a minha religião e o voto a minha profissão de fé. Pratico-a todos os dias, sem excepção, e tento fazer a minha parte na cruzada, que julgo urgente, pela evangelização da nossa sociedade. 
Num período máximo de 2 anos, preferencialmente menor, seremos chamados para, pela força das nossas armas, constituir uma Assembleia representativa dos nossos interesses e entre os quais deve estar, em lugar de destaque, a defesa e preservação do Estado Social. E é baseado no peso ponderado do todos os votos, que será indigitado um novo Governo, ao qual deveremos exigir o escrupuloso cumprimento do programa sufragado. Já fomos condescendentes demais com o actual Executivo!
Ainda não é tarde para arrepiar caminho, mas já partimos com um atraso considerável... 

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